
Estás aqui, agora
O grande mestre Osho uma vez disse: “Don’t seek, don’t search, don’t ask, don’t knock, don’t demand: relax. If you relax it comes, if you relax it is there. If you relax, you start vibrating with it“. Guardo esta citação comigo para a reler se sinto que começo a ficar demasiado apegada ao futuro, ainda incerto.
Não é novidade que o stress nos afecta a todos os níveis.
Por vezes damos por nós preocupados com coisas que não aconteceram, se calhar nunca vão acontecer, e a querer controlar cada pormenor das nossas vidas; decidir quando vai acontecer, como vai acontecer.
Uma das primeiras aprendizagens que fiz quando iniciei a minha caminhada no mundo espiritual foi exactamente esta: vive o presente. Um amigo meu até tinha uma maneira engraçada de me ajudar: quando eu começava a divagar no futuro com demasiada preocupação e urgência, ele não dizia uma palavra; simplesmente levantava o dedo indicador para chamar a minha atenção, e depois apontava para baixo ou batia com o dedo na mesa, como quem diz “tu estás aqui agora”.
Posso dizer-vos que inicialmente me sentia frustrada.
“É fácil falar”, dizia eu. Foi das aprendizagens mais difíceis que já fiz, e também das mais importantes. Também admito que por vezes ainda tenho fases em que parece que me esqueço. Preciso parar e respirar, relembrar o que já passei para aplicar isto ao momento.
Pensar no futuro é, por vezes, inevitável. Tentemos pensar nele com uma certa leveza, então. Não é “conversa”, é mesmo verdade: as coisas acontecem quando têm de acontecer. Já vivi isto tantas vezes que parece ridículo que ainda tenha dificuldade em relaxar e “deixar-me ir com a maré” (como a carta da fotografia aconselha) em certos momentos da minha vida, mas não fico frustrada ou zangada comigo: faz parte do crescimento, as situações são diferentes, eu sou diferente daquilo que fui, e eu coloco-me numa posição de aprendizagem. Tento aproveitar o melhor que o caminho tem para me dar.
Como é que consigo?
Gosto de me sentar a escrever aquilo que me preocupa, com o intuito de me libertar, e isso já é uma grande ajuda. Se me sinto mais ansiosa, a meditação e o reiki ajudam-me a encontrar a minha paz. A prática de visualizações com aquilo que desejo, por exemplo, também me ajuda no sentido de eu manifestar o que quero, e isso sossega-me porque entrego isso ao Universo e confio que isso chegará. “O mindset é muito importante”, disseram-me uma vez, e é verdade.
Manifestar o que desejamos e estarmos fixados de tal forma que sofremos, são coisas diferentes. A primeira ajuda-nos, é positiva, a segunda não. É importante saber sentir a diferença. Por vezes só nos apercebemos que estamos a viver a segunda quando paramos para olhar para aquilo que se passa dentro de nós: a fixação muitas vezes leva ao medo e quase sempre à ansiedade.
Procurem aquilo que vos traz ao presente.
A meditação e a escrita ajudam-me mais do que qualquer outra coisa, mas todos somos diferentes. Procurem na vossa vida situações que vos mostrem como isto é verdade, mesmo que na altura não tivessem pensado nisso.
Não vos venho aqui dizer que é fácil, até porque há situações mais delicadas do que outras, e tudo mexe connosco de diferentes maneiras. Se estamos num momento difícil das nossas vidas, pode até ser complicado para nós ouvir este tipo de conselhos e aceitá-los como verdade.
Venho mostrar-vos que é possível. Sim, porque se eu, que em tempos era a ansiedade em pessoa, consigo, acredito que todos conseguem.
O que pensam vocês sobre isto? E como é que vivem isto?
A continuação de uma linda semana para vocês ??


2 Comments
Patricia zen
Isto é tão dificil!!! Mas é tão possivel!! ahahah Belo artigo, obrigada!
Joana
Hehehe. É mesmo isso que sinto. Obrigada 🙂