
Há dias e dias
Não trago um tema novo. Todos sabemos que “há dias e dias”.

Há dias em que consigo andar mais descontraída, é fácil pensar que está tudo bem, que tudo vai acabar da melhor forma, não importa aquilo que estou a passar. Há dias em que é fácil para mim ver o melhor lado de tudo na minha vida. Sim, na maior parte dos dias é assim que se passa comigo.
Mas e os outros dias? Continuo a saber tudo aquilo que sei nos “dias melhores”, mas nos “dias menos bons” por vezes mesmo as coisas que normalmente não me incomodam podem ganhar proporções diferentes. Torna-se mais difícil pensar positivo, pensar que é só mais uma fase, apesar de eu o saber.
Não vejo porque não deixar que as emoções fluam… Aliás, reprimir é que não condiz comigo. Já o fiz, e por vezes enganava a mim mesma pensando coisas como “isto também vai passar, não dês importância”, achando que com isto estava a ser mais amiga de mim mesma, quando na verdade estava era a fugir de mim mesma.
Não é fácil olhar o nosso lado menos “bonito”, principalmente quando há coisas que acreditamos já ter resolvidas dentro de nós e elas voltam para nos dar um valente tabefe: “Ora pensa lá bem!”.
Tenho aqueles dias em que percebo que é momento de me sentar com as minhas sombras, olhá-las nos olhos e escutar o que têm para me dizer. Aprendi a deixar a voz gritar quando preciso, aqueles gritos de liberdade que tão bem fazem à alma, mas que tantas vezes reprimimos.
Sim, as minhas sombras fazem parte de mim. A minha luz nunca me abandona, mas de vez em quando sinto um empurrão para perto das minhas zonas mais escuras, onde o conhecimento pessoal e a libertação também existem.
Através desta aceitação e deste abraçar das sombras a luz abre caminho para se manifestar.
Tudo é aprendizagem, mesmo que no momento nos seja difícil sentir isso.
Desejo a todos a continuação de uma linda semana ✨?


2 Comments
Patrícia Zen
Olha que bonita reflexão! E tão verdadeira! Há dias bons e há dias em que apesar de estarmos bem somos assombrados pelo mau. Depois há os dias maus. Em qualquer um deles não podemos esquecer quem somos e até onde chegamos. Responsabilidade, insight, amor próprio (aquele orgulho saudável no nosso caminho) e humildade (para não estragar o saudável do orgulho eheheh).
Joana
Exactamente, Patricia. Obrigada pelo ter carinho.