O que são os Arquétipos?
Arquétipos
Palavra difícil de definir mas de extrema importância na psicologia junguiana: arquétipo.
Há que ter especial cuidado com a forma como usamos conceitos como este, pois carregam uma energia e significados muito próprios.
Nesta série de artigos vamos falar sobre: inconsciente pessoal e colectivo; os arquétipos nomeados por Jung e por fim, vamos ver como estes se expressam na prática.
Mas primeiro, começamos por desmistificar alguns factos e interpretações:
- A palavra “arquétipo” vem do grego arkhé que significa, por exemplo: primeiro, antigo, original; e typos, que significa: impressão ou molde. “Arquétipo” exprime a ideia de um molde ou modelo original;
- Apesar do termo só ter sido introduzido pelo psiquiatra Carl Jung em 1919, a ideia já vem da filosofia de Platão, para se referir às ideias originais que formam a matriz de tudo o que consideramos a nossa realidade;
- Segundo Jung, cada uma das principais estruturas da personalidade seriam Arquétipos, incluindo: o Ego, a Persona, a Sombra, a Anima (nos homens), o Animus (nas mulheres) e o Self;
- Jung afirma que não temos acesso directo ao arquétipo, apenas podemos aceder através das suas manifestações, nomeadamente os símbolos e as imagens arquetípicas.
- No livro “O homem e os seus símbolos”, Jung refere que “As palavras tornam-se fúteis quando não se sabe o que representam”. Se nunca experimentarmos o poder numinoso (energia psíquica) de um arquétipo e não nos relacionarmos com ele, este não passa de uma simples imagem ou de um conceito sem sentido.
Iremos desenvolver a definição de arquétipo no próximo artigo. Não percas 😉
Artigo escrito em colaboração com a terapeuta Patrícia Gomes do site Nem Sempre Zen
Bibliografia: JUNG, Carl. O homem e seus símbolos. Org. Carl Gustav Jung. Trad. Maria Lúcia Pinho – 3. Ed. – Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil, 2016
Imagem: Arte de Gaia Orion