O Sagrado Feminino – a minha visão
O trabalho com o Sagrado Feminino mudou a minha vida a vários níveis, mas principalmente fez-me reflectir acerca daquilo que este movimento representa para mim e como trazê-lo para a minha vida, e das pessoas que me rodeiam.
O que é para mim o Sagrado Feminino?
Um movimento de espiritualidade de retorno à Deusa. E sim, há assuntos abordados que são exclusivos de mulheres.
Mas é mais do que ciclo menstrual, plantar a lua e pés descalços na terra: tudo isto faz (ou pode fazer) parte, mas o Sagrado Feminino é sobretudo uma forma de ver a vida, de sentir (todas) as emoções no vasto leque de vários tons – das luminosas às mais sombrias, e de aceitação de quem se é.
É espiritualidade mas é também a forma como vivemos em sociedade, a luta pelos nossos direitos, o zelo pela nossa segurança, o conhecimento sobre o nosso corpo e diversas opções que temos para manter a nossa saúde física e mental.
É conexão com intuição e autoconhecimento, mas também aprendizagem sobre os símbolos da Deusa, do Feminino, e como eles nos afectam e nos podem ajudar no desenvolvimento pessoal.
Não exclui ninguém, independentemente do género, raça ou classe social. Não exclui nem a mulher quem fica em casa com os filhos, nem aquela que todos os dias vai trabalhar, nem aquela que escolhe não ser mãe. Não exclui o Masculino.
É emancipação, é empoderamento, é união e unificação, é acolhimento, é liberdade e libertação.
Não é uma separação em caixinhas que são acessíveis apenas a alguns, com regras que não se adaptam a todas as vidas – seja por falta de tempo numa rotina/vida preenchida, por falta de dinheiro, por falta de apoios, entre outros.
Acredito que o Sagrado Feminino está presente em todos nós e é para qualquer pessoa, com ou sem útero, sendo um tema que tem mais camadas do que aparenta à primeira vista.
Partilha comigo a tua visão sobre este assunto.
2 Comments
Patrícia Gomes
Gostei muito de ler e é uma excelente reflexão sobre um tema importante mas muito mal tratado.
Joana
Muito obrigada!