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Afrodite, a deusa alquímica
Afrodite, a deusa do amor e da beleza, associada à sensualidade, aos prazeres carnais e à vaidade do corpo. É a versão grega da deusa romana Vénus. Uma pessoa que se identifique com Afrodite é aquela que aceita e se sente à vontade com o seu corpo e sexualidade, e por norma tem também uma imensa força criativa, espontaneidade e vitalidade. O seu cinto de ouro, forjado por Hefesto, o colar que fazia com que ficasse com rosto de ninfa e o manto que lhe transformava a silhueta eram elementos que levavam a que ninguém lhe conseguisse resistir, fosse humano ou divindade. Esta deusa representa um arquétipo difícil de aceitar…
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Artemis, Personificação da Individualidade e Independência
Artemis é uma deusa que vemos na mitologia grega associada à lua, mais especificamente à fase crescente que representa a fase do arquétipo da Donzela/Virgem. Sendo uma deusa Virgem ela ensina-nos o valor que temos enquanto seres únicos mesmo quando não estamos num relacionamento, mostrando-nos esses aspectos de completude, inteireza, e mantendo a autoconfiança. Artemis tem uma energia masculina bem estruturada e por isso não necessita de uma figura masculina exterior. Aliás, ela é muito confiante em quem é e naquilo que faz, não necessitando de aprovações externas. As pessoas que têm forte identificação com esta deusa percorrem o seu próprio caminho, sentindo-se bem consigo mesmas. Ela simboliza aquele nosso…
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Vasilisa e o 9 de Paus
No Tarot of the Divine o 9 of Paus é representado por esta imagem do conto de fadas russo que conta a história de Vasilisa (também podes ver escrito Vassilissa). Tanto nas cartas como nos contos vemos representações de arquétipos que nos puxam para viagens internas às nossas profundezas, e conseguiremos daqui excelentes reflexões e metamorfoses posteriores. Parece que um novo mundo se abre em torno de nós, mas também dentro, e expande-se cada vez mais. Lembrei-me hoje, ao observar esta carta, da resiliência da Vasilisa numa história em que todos parecem querer dificultar a sua vida, começando na madrasta e as suas filhas, e depois a Baba Yaga. Por…
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Bruxas: O Mal e a Sabedoria nos Contos de Fadas
“Nessa figura temos os dois aspectos do arquétipo da Mãe, pois ela possui um lado luminoso e um lado sombrio — a bruxa e a benevolente e maternal” (Marie-Louise Von Franz). Frequentemente associada ao “mal”, a personagem da Bruxa, como já referimos, é fundamental no desenrolar da aventura do herói/heroína. Segundo Marie Louise Von Franz, a figura da Baba Yaga, personagem do folclore eslavo pode mostrar-se “benéfica ou maléfica, qual figura da Grande Mãe de molde arcaico, na qual o positivo e o negativo ainda estão misturados” (Marie-Louise Von Franz). A ideia que temos da Baba Yaga é frequentemente corrompida através do imaginário popular, que a menciona como sendo apenas…